NA SOMBRA...

NA SOMBRA...
Vem comigo?

domingo, 19 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

NUMBERFÓR


Ao chegar ao restaurante, encontrei com a turma de brasileiros que jantavam lá, vez por outra quase sempre.
E que festa, né? Cidade lotada, milhares de pessoas de todo o mundo, mas quando os brasileiros se encontram é uma zona dukarái!
Pelas voltas que o mundo deu, pelas voltas que o mundo dá, como canta meu Mestre Camisa, o grupo era grande e animadíssimo, e havia um baixinho em particular: Hamilton. E guess what? Já havia treinado com o meu professor, na minha academia, e estava sozinho num apê grande em um hotel ao lado do aeroporto e resolvemos dividir as despesas do quarto - eu pagaria um terço do valor das diárias! Big Daddy é seu apelido, somos grandes amigos até hoje e sempre nos encontramos nos eventos pelo mundo a fora (essa porra é junto ou separado?)
Com casa e banheiro, restava aplacar a adrenalina. Meu pupilo se apresentaria no grande palco no dia seguinte e eu simplesmente não consegui dormir. Fiquei deitado, no escuro, em silêncio, e meus batimentos cardíacos não diminuíam de 125 por minuto, até o sol raiar.
Como eu não tinha credencial nem ingresso, comecei a usar o sangue brazuca: cheguei no ginásio às 6h30 da manhã e me apresentei como parte do grupo que estaria ali atuando em breve, mas que havia esquecido no alojamento um aparelho muito importante e funcional. Mostrei o relógio de marcar frequencia cardíaca, como funcionava e pra que serviria naquele momento. Com isso (e meu uniforme genérico, da Uruguaiana) fui autorizado a entrar no evento ANTES das portas se abrirem. Andei, respirei, fotografei, amei, sentei e suspirei.
De repente aparece o moço que me deixou entrar acompanhado do supervisor. Tomando um esporro clássico e categórico, em função do pacote que eu carregava na mão, que poderia perfeitamente ser uma bomba etc. etc. etc. etc. Tente pedir desculpas pelo rapaz mas tomei um fica quieto lindo, irrecusável. E a permissão de continuar lá, pois já estava mesmo, sendo que não poderia entrar na área reservada, teria que fazer um bilhete e o material seria entregue por ele. Imaginando a surpresa dos meus pares, escrevei um bilhete engraçaralho pra cadinho e mandei a caixinha. E me deliciei depois colocando os patrícios pra dentro, com a velha fraude de sair com a credencial de alguém, cheio de canhotos de confirmação de entrada no bolso, e geral voltando comigo pra dentro do estádio. Graças a estas peripécias, fiquei conhecido como o cara que burlou TODOS os dias a segurança da até então considerada mais segura de todas as edições do evento. Humildemente aceitava todas as cervejas pagas em reconhecimento.
Com o sucesso dos garotos, formamos um segundo grupo de festeiros, que após os eventos saía em busca de muita música boa, cerveja gelada e diversão na House of Blues montada especialmente para a ocasião (http://www.houseofblues.com/). Assistimos John Mayal, Lord John e Tina Turner. 3 dias de paraíso, utilizando a mesma fraude do evento: comprávamos um bilhete rachado por todos, tinha uma entrada pelo subsolo, que era uma lan house gigantesca, através de uma longa escada, com banheiros embaixo. Após chegar ao topo da escada, o canhoto era solto preso a um chiclete, e o outro elemento o pegava embaixo e subia e assim sucessivamente.
Um dos dias do evento nos comprovou que a segurança era realmente superficial e fantasiosa: estávamos no show do Cypress Hill, na pracinha, mas a galera reclamava porque estávamos em pé, dançando e pulando como bons loucos fãs da banda. decidimos ir embora pra um night club indicado por amigos locais e, ao chegarmos lá, já estava passando na tv do bar a bomba que havia explodido na torre de iluminação após o show, ferindo alguns e matando um rapaz. UFA! demos mais sorte que a van da Rede bandeirantes, que foi tomada de assalto, levaram TUDO dos caras, até os pneus do veículo. Só sobrou a carcaça e os caras da Tv assutados comos e estivessem no Brasil... ehehehheheheheheehhehehe
GOSTARIA DE AGRADECER AO EXÉRCITO AMERICANO PELOS POSTOS DE ÁGUA MINERAL BEM GELADA ESPALHADOS PELA CIDADE...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Memórias 3


Ao dar uma voltinha nos arredores do anel olímpico descubro que a diária mais barata era num apart do Donald Trump (o cara é dono de quase toda a cidade), que custava 300 dólares. Por ter pago 30 na coreana biruta, senti ali que eu estava FUDIDO!
Resolvi andar. Comprei um mapa e saí vagando aleatoriamente pela cidade. O problema era o peso da minha bagagem, além do tamanho. Sempre achei que meu almanque do Huguinho, Zezinho e Luisinho me seria útil algum dia da vida. Na verdade já havia usado muito dele nos acampamentos selvagens que fazia às margens do Rio Preto, na Serra de Itatiaia, ali pelas bandas da Maromba, nos idos dos anos 1980 e poucos. Mas testaria agora na civilização. Passei o primeiro dia todo andando, tirando fotos e fazendo reconhecimento do anel e seu entorno, espaço considerado o mais seguro de todos à época. Quando caiu a noite, percebi que não havia outra solução: dormir na rua! E vaguei de banco em banco até o sol aparecer e não me permitir mais relaxar (lá é quente pra caralho). Disse "de banco em banco" porque os guardas não permitiam dormir na rua. Então eu me aconchegava em algum lugar, vinha um puto e me acordava, mandando sair dali, mas não dava nenhuma opção viável.
Já bem cedo voltava por uma rua antiga atrás de uma lanchonete pé-de-chinelo que havia visto, quando escuto alguém gritar meu nome! Égua! Não é possível! Mas era! Meus amigos de SP que andavam por lá haviam alugado um carro. Que beleza. Abraços efusivos e muita conversa jogada fora, guardei minha bagagem no carro e marcamos encontro à noite, antes deles partirem (estavam hospedados em Macon/Georgia) para que eu a pegasse de novo.
Minha missão naquele dia também seria andar e fotografar.
Ao final da tarde, minha vida saudável me salvou: parei numa barraca de frutas pra almoçar e conversei com a dona, contando minha história de homeless. E então ela me aponta uma garçonete, no restaurante atrás da barraca, brasileira! OLHA! Nós já invadimos o mundo (achei brasileiro já em cada lugar...). A garota diz que tem uma turma de brasileiros que vai sempre lá, à noite, jantar. Mas naquele dia eles não foram! hehehehehehe.
Então eu encontrei meus amigos, peguei a mala e fui vagar mais uma vez...
Nas coincidências do mundo redondo, que gira em torno do sol e do seu próprio eixo, reencontro a garota da barraca de frutas tomando cerveja com a namorada num boteco legal. Paro, saudamamos ao encontro e enchemos a cara. Depois de muita merda dita e maldita, vou com as duas pra casa, durmo no sofá e acordo em um lugar com banheiro pela primeira vez em quatro dias!
E então já deixo a bolsa por lá e vou rodar pelos suburbios da imensa cidade. O metrô de lá vai para todos os lugares, além de conexão com os trens. E bastava você ter um ingresso de qualquer atividade olímpica do dia pra andar de graça. Então eu catava canhotos no chão perto da saída dos estádios, e rodava livremente por todo lugar.
Fui na casa do "inventor" do Jack Daniel´s. Lágrimas, emoção à flor da pele e algumas doses (Budweiser financiava o evento, então era a ÚNICA cerveja em TODA a cidade). Uma cerveja era U$4 e a dose de Jack era U$2,70!
Fui na casa do fundador da Coca-Cola. Mijei no jardim, cuspi no portão e lamentei ter sido reduzida a quantidade de cocaína da fórmula original (que nunca experimentei).
Dali parti para o paraíso do lugar: Little Five Points! Um bairro de skatistas e lojas super phodásticas (Junkman´s Daughter era a melhor de todas).
Comprei um casaco de couro coreano escamado, se desfazendo, mas a coisa mais linda que já tive.
Comprei um bong que é a cabeça vermelha do Diabo, em porcelana, e um cachimbo cujo recipiente era o crânio de uma caveira humana em miniatura (presente dado ao Marcel Portela)
Joguei um "altinho" local, feito com um saquinho de pano cheio de pequenas bilhas de ferro.
Tomamos Jack Daniel´s dentro de sacos de papel (Não pode expor consumo alcóolico em público), em frente ao Vortex Bar (a entrada é na boca de uma mega caveira! A foto acima)
Bêbado, feliz, cheio de ex-amigos (sabia que nunca mais os veria), voltei pra barraca das frutas, jantar e dormir...

VEJAM O BAIRRO LITTLE FIVE POINTS AQUI: http://littlefivepoints.net/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MEMÓRIAS 2...


Chegada a Atlanta (de novo)
Saí de ônibus de Macon/Georgia (tem outra Macon lá, então eles sempre citam assim) e cheguei em Atlanta à noite. Aí sim tive a dimensão do negócio: a cidade é enorme! É uma São Paulo afrodescendente... (assim como a nossa é nordestina).
Após caminhar zanzando pela rodoviária, achei umas vans do lado de fora e peguei uma, com o pedido de ir pro hotel perto do "anel olímpico" mais seguro/barato que o cara conhecesse. Entrou uma galera na van, ele foi despejando todos, até que sobrou eu e a dupla da condução. Nesse momento eu gelei. Sozinho numa cidade desconhecida, o inglês dos caras era todo de gírias locais, já tínhamos rodado até o inferno e nada. De repente meu guia entra numa highway, roda bagarái e joga pro estacionamento (vazio e às escuras) de um Wallmart! Ali selei meu beijo com a morte e pensei na minha avó! Eis que surge, atrás do prédio principal, uma estradinha, subindo uma encosta e chegando a um hotel que, realmente, ERA o mais barato da cidade.
Um prédio de 3 andares em forma de U, com um chafariz (sujo, quebrado e abandonado) no meio do pátio que também servia de estacionamento.
Meus black giants brothers desceram e me entregaram à uma recepção escura e toda blindada, com vidros espessos e sujos, de onde se via a doce figura de uma tiazinha anciã coreana, que falava um inglês bisonho e me atendeu pelo buraco que abria e fechava por baixo do vidro do balcão principal. Ela ficava dentro de uma espécide de jaula, sem contato com o mundo exterior.
Gritei minhas pretensões, fingimos que nos entendemos, dei o dinheiro adiantado e peguei a chave do quarto. Pela espelunca que era, o quarto servia plenamente! minha janela dava pra ribanceira que rolava até o estacionamento do supermercado, sem condições de alguém chegar até ela. Tomei um banho mega, encostei a cama na porta, pus uma sunga com meu parco dinheirinho e o passaporte DENTRO e deitei com meu cinto de couro e fivela de aço ao lado da cabeceira.
Esse descanso demorou uns 5 minutos.
Alguém bateu à porta. Abri. Era uma multata magricela, clássica junkie de pipe, meio fedida, com uma roupa que-vô-te-contá... perguntou se eu queria fazer sexo! LÓGICO QUE EU QUERIA!!!! Mas não com ela. Tchau.
Ela insite. Cinco bucks um boquete! (padrão de preço da Vila Mimosa, mas o da mulher era muito cracolândia).
Ante minha desistência, pergunta se sou gay, pois seu amigo é bonito (!!??!!) ou se tenho alguma doença, que pra ela não importa. Despacho educadamente e me preparo pra uma longa noite de espera pelo sol raiar!
Batidas à porta novamente!
Abro e dou de cara com meus guias. Falam rapidamente mil coisas, que entendo algo sobre amigos, cerveja, brasileiro e bagunça. Venceram. Visto a roupa e desço. Ali ERA a cracolândia do pedaço. Vários pipes acesos, uma galera pra lá de sinistra e eu quase não entendia nada do que eles falavam. Liguei o foda-se e comprei uma cerveja com a velhinha coreana.
De repente chega um cara num conversível antigo, bancos esfarrapados e fedorento. Tinha tudo dentro daquele carro. Eu e os guias entramos nele e partimos rumo ao (meu) desconhecido mais uma vez. Percebo que dois dos caras estão armados e pergunto se preciso de uma arma também, eles dizem que não, pois com eles estaria seguro. Ah bom! Despreocupação imediata! Depois da alma de Bob Marley rodar sobre nossas cabeças, paramos em uma liquor store e compramos uísque (começaram a falar a minha língua numa facilidade...).
Mostro meu canivete humilde que, acreditem, fez o maior sucesso, pois ele era de aço japonês, que se encaixava na palma da mão e abria rapidamente. Troquei-o por uma garrafa de Jack Daniel´s.
Voltamos ao pátio e a mulambada toda havia partido. Um dos meus guias me arruma outra mulher, muito melhor que a outra, mas me adverte que talvez tenha AIDS, pra que eu use camisinha. E tome-lhe a segunda broxada da noite!
Sento bêbado na varanda, matamos o JD ouvindo música democraticamente (cada um colocava uma por vez) e espero a chegada do sol.
Desço ao telefone público do pátio, peço um táxi que a vovó coreana me passa o número e vou pro centro da cidade, ao anel olímpico (era uma área de segurança máxima onde tinha o parque e outras atrações dos jogos).
E vem outro dia na bagunça...
(foto do Parque Olímpico do Centenário)

domingo, 5 de dezembro de 2010

MEMÓRIA DE MERDA 1


Perdi meu caderninho de memórias de viagens. Escrevia na época em que viajava pelo mundo sem grana, no perrengue de acompanhar de perto meu trabalho com algumas pessoas ao redor do mundo... Como as situações eram por vezes bizarras, resolvi anotar a maioria, mas agora perdi. Então decidi TENTAR reescrever, com o pouco que me resta de sanidade e memória...
A prmeira foi pros EUA, em 1996.
Fazíamos um trabalho visando o mês de outubro, em Portugal, e no meio do caminho ganhamos a possibilidade de testar nos EUA, em julho. Arrumei a grana da passagem subornando e chantageando a família, e como sempre deu certo. Mas não tinha grana suficiente pra ficar por lá.
Parti com minha megabolsa, carregando instrumentos de trabalho os mais variados (que NUNCA passariam da primeira revista hoje em dia, na neurose terrorista). E já fui recepcionado pela polícia do aeroporto de Atlanta, porque um dos aparelhos parecia uma bomba e outro uma pistola. Quando passou no raio X eu virei o principal suspeito de toda a área. Foram quase 15 cops around, alguns com armas em punho, e um que pediu gentilmente, encostando a arma quase na minha orelha, que eu me mexesse BEM DEVAGAR e abrisse a bolsa sem mexer muito as mãos (pelo que entendi do inglês dele, entre os saltos que meu coração dava dentro do peito...).
Passado o susto, tapinhas nas costas e desejos de boa sorte na viage (realmente eu precisaria muito disso).
Chegamos no terminal F, e eu me achando o poderoso, quis ir andando até a saída, pra "ver o aeroporto". Só depois de muita caminhada com a bagagem pesada me dei conta que havia um metrô DENTRO do aeroporto, com 7 estações (eu havia acabado de passar pela 6ª). Então esperei o trem e fui rumo à saída (sábia decisão, o aeroporto é um dos maiores do mundo...)
Finalmente pude testar meu inglês do BRASAS! E num é que deu certo gastar aquele tempo e aquela grana? eu entendia quase tudo o que as pessoas falavam!!! E vocês não tem noção do que é o sotaque americano por aquelas bandas... Saí e peguei uma van pra Maicon City, onde encontraria com meus amigos. Depois de 1h30 estava na cidade de Martin Luther King, Jr.
Achei a escola onde era o quartel general brazuca e percebi que a galera não acreditava muito que eu realmente apareceria por lá...
Como não era bem-vindo (pra variar) e não tinha dinheiro, tivemos que fazer uma alocação: eu ficava por lá, de dia, comia meio escondido no refeitório e fim de tarde fingia que ia embora pro meu hotel. Ao cair da noite, retornava escondido (não havia muros nem muitos obstáculos no lugar, pois era uma escola para cegos) e entrava no quarto de um camaradam dormindo escondido embaixo da cama. Pela manhã bem cedinho eu acordava e saía rápido, pra aparecer em seguida fingidno que tava chegando. Isso me custou alguns jantares de milkshake na lanchonete Crystal, uma espécie de MacDonalds genérico da área.
A couple of days later, fui fazer um reconhecimento da cidade, pequena e simpática, localizada nas antigas áreas de fazendas escravagistas de coleta de algodão. Andei por um bom lado até chegar à estação central de trem e museu Martin Luther King, Jr. Não imaginava que a cidade era bipartida: de um lado da linha do trem a paz, do outro, o caos. E foi por onde eu voltava alegremente, tirando fotso das casas velhas e sujas, quando um furgão me abordou. Só o sujeito que tava na porta já dava pra ver o tamanho da encrenca, mas quando ele cismou que eu era mexicano, tive que negociar a saída do bairro proibido. me foi indicada uma placa, mais ou menos 10 quarteirões de onde estávamos, e eu deveria alcançá-la em um período de tempo quase olímpico... o que fiz!!! Cheguei na escola quase infartando mas me livrei dos afroamericanos que queriam meu lombo chicano com jalapeños e Corona.
Então parti pra Atlanta. mas isso é outra parte, em breve...

sábado, 27 de novembro de 2010

A CULPA É DO BRIZOLA E DO DARCY RIBEIRO


Ouvi e li muita merda nos últimos dias. Mas a que mais me irrita é filho da puta dizendo que a culpa disso que está acontecendo agora é do Brizola! Não que não seja, mas indicam os motivos errados!!!
A culpa é do Brizola mesmo! E do Darcy Ribeiro!
No apagar das luzes da ditadura (que já estava mais pra ditamole, abandonada pelo padrinho Big Stick à própria sorte, depois de sugar e manipular tudo o que quis por 20 anos), fechando todos os acordos de não-retaliação, anistia, esquecimento - função primordial da memória política popular brasileira - essa dupla se envolveu em uma legítima disputa eleitoral democrática, vencendo contra tudo e todos, derrubando a porcalhada que o Sistema Globo de Imundização tentou vender a todo custo durante toda a campanha.
Para melhorar as coisas, o "velho caudilho" tinha uma neta chegada ao caratê boliviano, frequentadora assídua das melhores bocas-de-fumo das favelas da Zona Sul carioca. Isso trouxe ao cancioneiro popular fluminense o apelido carinhoso da branca maldita de "brizola".
Tecos à parte, esse apêndice foi dado para localizar o embrião das denúnciaas de favorecimento ao tráfico, supostamente realizado pela segurança institucional do novo governo. Porque o bom velhinho do chimarrão quis suspender as ações de extermínio impetradas pelas polícias locais contra os moradores das comunidades pobres do subúrbio e da limpeza étnica "chapa branca" nas favelas da high society do Rio de Janeiro (rico cheirador tem personal drug dealer, né, baby??).
Para isso determinou suspensão imediata das incursões policiais nessa localidades, ordenando que a Secretaria de Ação Social (não sei se era esse o nome na época - mas era a função) entrasse lá e realizasse um mapeamento de necessidades estatais não observadas pelos dirigentes de então.
Além disso, a secretaria de Educação já chegava com o planjemaneto de reestruturação de todo o ensino no Estado, pautado no trabalho de Darcy Ribeiro, originando os CIEPs (O CIEP é uma escola que funciona das 8 horas da manhã às 5 horas da tarde, com capacidade para abrigar 1000 alunos. Projetado por Oscar Niemeyer, cada CIEP possui três blocos. No bloco principal, com três andares estão as salas de aula, um centro médico, a cozinha e o refeitório, além das áreas de apoio e recreação. No segundo bloco, fica o ginásio coberto, com sua quadra de vôlei/basquete/futebol de salão, arquibancada e vestiários. Esse ginásio é chamado de Salão Polivalente, porque também é utlizado para apresentações teatrais, shows de música, festas etc. No terceiro bloco, de forma octogonal fica a biblioteca e, sobre ela, as moradias para alunos-residentes - http://pdt12.locaweb.com.br/paginasmenu.asp?id=34 ).Porra de velhos malucos! Parar o extermínio, levar ações oficiais de governo e ainda dar EDUCAÇÃO aos pobres??? VÃO SE FUDER! Foi a grita geral, amplificada a mil e ao mundo pelas organizações mafiosas do Sr. Marinho (que o diga Roméro Machado, autor do livro "Afundação Roberto Marinho", Ed Tchê, 1987), que começou a caça a Neuzinha Brizola pelas vielas e incitou ao máximo a paranóica festa de arrastões pela cidade. Ahhh essa Globo(sta) sempre ditando moda.
A partir daí iniciou-se a campanha de destruição dessa camada social, estereotipando, marginalizando, sufocando direitos básicos e animalizando (existe isso?) as gerações às quais foram negados os CIEPs, a saúde, o esgoto, a casa, a paz... Geração esta representada hoje pelos "traficantes" em guerra contra o Rio de Janeiro.
Culpa desses dois teimosos!
Culpa do Brizola>
p.s.: sem contar que o PDT gerou César Maia e Garotinho, entre outros tapurus da goiaba podre brasileira.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De cabeça pra baixo


Discursos falhos e posturas vendidas.
O mínimo percentual de escroques do mundo com o seu mundinho e destino nas mãos.
E a gritaria de quem quer fazer algum barulho liberada até o limite em que o aparato oficial de dar porrada, mais conhecido como polícia, acha que está bom.
Passei um fim de semana na praia, daquelas desertas, paradisíacas, mas choveu todos os dias. E tínhamos na casa jogos de tabuleiro. Fiquei pensando na eterna brincadeira dos poderosos com nossas vidas, aquele burburinho de WAR com Banco Imobiliário, e tive a certeza de que nos é permitido viver, dentro do limite da utilidade (e a alguns, o limite da inutilidade prática - afinal as pessoas têm que se preocupar com algo da vida, né? Nem que seja couro de animal, ou de gente...).
Uma constatação que me assustou foi a de que o Brasil é a "bola da vez" no tabuleiro da putaria financeira.
E aí, em qual fazenda do Facebook da vida você é cultivado?
"...saibam que ainda estão rolando os dados..."
E você, tem dado em casa?
666

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

formspring.me

Ask me anything http://formspring.me/mapinguary

Porque ?!?!?!

pelo simples fato do universo ser gerido por leis de astrofísica e meu corpo subdividido em partículas subatômicas que eu NÃO CONTROLO!

Ask me anything

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O dia

28/01/04

Alguns dias para o dia...
Vai subir e descer o sol
E a lua passeando sobre nossos sonhos embalados nos laços de corpos cansados,
Amados,
Suados,
Cheirados,
E apertados.
E, quando esse dia chegar,
E o vazio dos meus abraços
Me afagar,
Sua ausência em minhas noites
Será a navalha cortante
Do meu sono perfumado
Pelas costas nuas
Pela boca crua...

MASA

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Política, preconceito e religião vitaminam intolerância

Não se pode dizer, ainda, que as agressões da Paulista que vitimaram gays, tiveram motivação homofóbica. Infelizmente não seria nenhuma novidade.
Faz tempo temos convivido com extremismos discriminatórios, que vez por outra transbordam para o noticiário policial. Nordestinos, mendigos, índios e homossexuais estão entre as vítimas preferenciais de operações de limpeza étnica ou expressões de pura arrogância.
Mas mesmo entre aqueles que não agridem, é de se notar que a intolerância e a discriminação têm alcançado índices alarmantes. Que o digam as violentas manifestações no twitter, culpando nordestinos pelo resultado da eleição.
Por pouco, a coisa não piora.
Recentemente soubemos que no começo de agosto grupos neonazistas preparavam manifestação em homenagem a Rudolf Hess, condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, dos quais, aliás, morreu dizendo jamais se arrepender.
Denúncia de anarquistas ao Ministério Público paulista desarticulou a passeata que até então vinha sendo preparada em grupos de discussão na Internet, defensores do "orgulho branco".
Os neonazistas chamam Hess de "mensageiro da paz", mas as mensagens que eles mesmos produziam, entre louvações a Hitler e ao poder branco, estavam repletas de afirmações discriminatórias a "anarcos, judeus, pretos e comunistas".
As comunidades afirmam: "somos brancos nacionalistas; há milhares de organizações promovendo os interesses, valores e heranças dos não-brancos. Nós promovemos os nossos".
Lembrar o nazismo parece um absurdo de alucinados saudosistas da barbárie.
Mas o tom do recente manifesto "São Paulo para os Paulistas" não destoa muito destas palavras de reverência ao "orgulho branco".
Trocados migrantes por judeus e paulistas por arianos, a idéia de "defender o que é verdadeiramente nosso", tipicamente paulista, sem mistura, não está longe daquela que alavancou o nazismo, tenham eles consciência ou não disso.
O documento que circulou pela web se afirmou anti-racista e contra o preconceito. Mas está fincado, basicamente, na idéia de "soberania do paulista em sua terra".
Os migrantes, sobretudo nordestinos, são acusados de promover bagunças, invasões de propriedade e ocupar empregos dos paulistas, com a mesma contundência que se vê nos grupos xenófobos europeus em relação a árabes e africanos.
"A grande maioria dos crimes, violências e fraudes, está relacionada a migrantes", sustenta o abaixo-assinado, sendo estes, ainda, os que "mais se apoderam dos serviços públicos".
A campanha, para além de glorificar o "orgulho paulista", propõe absurdas limitações no uso de serviços estatais e acesso a cargos públicos, a serem restritos aos da terra. A migração deveria ser revertida, apregoam, lembrando que "os migrantes possuem altíssima taxa de natalidade e ocupam espaços que pertencem ao povo paulista"; ademais, "promovem arruaças em transportes públicos, saciam a fome e impõem seus costumes aos bandeirantes".
A xenofobia não é nada nova, mas foi recentemente vitaminada por uma campanha eleitoral repleta de desinformação e despolitização.
Durante a eleição presidencial, muitos foram os analistas que atribuíam uma possível vitória de Dilma a seu desempenho no Nordeste. Ouvimos ad nauseam tais comentários, insinuando um país eleitoralmente dividido, além do preconceito enrustido sob a crítica da eleição ganha por intermédio de favores aos mais pobres.
Os números foram severos com esses argumentos, pois Dilma venceu expressivamente no Sudeste e teria sido eleita mesmo sem os votos do Norte e Nordeste. Mas a impressão de um país rachado entre cultos e incultos, Sul e Norte, já havia conquistado muitos corações e mentes na elite paulista.
Afinal, como dizia Sartre, o inferno são os outros. São eles que responsabilizamos por nossos fracassos, porque é custoso demais atribuir os erros a nós mesmos.
A tática do vale-tudo e a adesão desesperada à estratégia típica dos ultraconservadores norte-americanos, de trazer a religião para os palanques, ou levar a política para os cultos, estimulou ainda uma nova rodada de preconceitos.
Não bastasse a questão do aborto ter sido tratada como ponto central da disputa, religiosos exigiam dos candidatos rejeição ao casamento gay e a não-criminalização da homofobia, instrumentos que apenas aprofundam a discriminação pela orientação sexual.
Os níveis diferenciados de crescimento das regiões mais pobres, a ascensão social provocada pelos mecanismos de transferência de renda, a ampliação da classe média e a redução da sensação de exclusividade são, paradoxalmente, condimentos para a evolução da intolerância.
Tradicionalmente os momentos de mobilidade social são tão sensíveis quanto aqueles de depressão.
Que saibamos evitar no crescimento a intolerância de que sempre soubemos desviar nos momentos de crise.

TEXTO ENVIADO A MIM POR EMAIL POR CAE PILHA HENRY

domingo, 24 de outubro de 2010

FRANCISCO BOSCO I (reproduçao do O Globo de 20/10/10


AS DROGAS E A REALIDADE
"Os alcoóis operam dentro da realidade, amaciando-a, afrouxando as cordas em que todo sujeito, mais ou menos neurótico, vive cotidianamente amparado e enlaçado> A realidade protege (do nada) e oprime (frustarndo pulsões). O álcool a dilui, dissipa sua autoride, cobre com algodões, "névoas benéficas", sua excessiva claridade. Abre-se aí uma distância dentro da realidade, e a margem que fica pra trás é a do desgosto da pórpia realidade. Essa é a ação positiva do álcool, "The power of positive drinking", como disse Lou Reed. Como tdas as forças, o álcool também está submetido à li dialética: suas ações maléficas são o revirar-se desse mesmo princípio de abrandamento da realidade, quando levado ao excesso: a perda progressiva do compromisso cm o princípio da realidade, no alcoolismo, ou as atitudes qie infringem demasiadamente as balizas morais a que prestamos contas uma vez a realidade retome as rédeas. Caso banal da ressaca moral. Assim, os alcoóis todos se situam no campo do abrandamento da realidade e, no limite, no alcoolismo, num banadono das negociações com o p´rincípio de reaidade (à vigência, incontrastada, do princípio do prazer, chama-se precisamente vício)."

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

QUERER

"E para se chegar, onde quer que seja, aprendi que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada, querer."
Assim termina a introdução do livro de Amyr Klink - Cem Dias Entre Céu e Mar - meu recurso para os momentos de dificuldade, desânimo e para fortalecer o desapego. Reli na minha última viagem (sempre leio no avião, fazendo as horas tornarem-se minutos que quero prolongar).
"No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis"
Citando FERNANDO PESSOA:
"O esforço é grande e o homem é pequeno
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrãoao pé do areal mreno
E para deante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão signala ao vento e ao céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez."

"O medo de quem navega não é o mar, mas a terra."
"...como conseguimos ser estúpidos às vezes, ...como nos falta o sentido prático da natureza."
"...no mar há um sentido de utilidade e renovação eternos."
"...comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância nem do isolamento, um vazio que invade as pessoas e que a simples companhia ou presença humana não podem preencher..."
"Assim como nas boas horas o lado positivo das pessoas se soma, nas horas negras o lado negativo se multiplica, criando pânico e trazendo às vezes perigo maior do que a própria situação."
"É engraçado como o bem-estar não depende do conforto, da tranquilidade ou de situações favoráveis, mas simples e unicamente da sensação de ir em frente."
"Ao se caminhar para um objetivo, sobretudo um grande e distante objetivo, as menores coisas se tornam fundamentais. Uma hora perdida é uma hora perdida, e quando não se tem um rumo definido é muito fácil perder horas, dias ou anos, sem se dar conta disso."
"Na quietude daquela noite, a última, ancorado no infinito sossego da Praia da Espera, sonhando com os olhos abertos e ouvindo outros barcos que também dormiam, descobri que a maior felicidade que existe é a silenciosa certeza de que vale a pena viver."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tudo Pelas Mulheres

...

Tem dias em que

Parte de mim lacrimeja

Molhando meus sonhos pelas tuas partidas ao vento...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

BOM DIA

19/01/04

Meu coração e meus olhos

Se enchem de alegria

Ao lembrar da boca sua

(saudade dos beijos, que agonia!)

E da sua companhia...

Quando meus braços gritarem pelos seus

E minhas pernas correrem em sua direção

Direi ao meu coração:

“calma, vagabundo, bate no compasso da paixão

e espera seu amor iluminar sua vida

com seu sorriso, sua paz e emoção.

Aí, juntos, juntinhos,

Pra sempre caminharem na mesma direção.”

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sur le soleil de satan

AH ESSE CÉU,

QUE BRINCA DE COLORIR!

E O SOL COM SEU VELUDO DE FOGO,

QUE SABE ME SEDUZIR!

SOBRAM OS MEUS PÉS,

PRESOS NA TERRA,

SONHNDO COM ASAS...

SOBRANDO,

SEM CASA...

RUO AO DESCONHECIDO.

(ALO ACRE, MINHA FLORESTA ENCANTADA, ESSE É O TEU CÉU, E EU TÔ CHEGANDO AÍ DAQUI A 3 DIAS...)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

FETICHE – Moda, Sexo & Poder




MUITO PHODA!
RECOMEEIINDO!
666

Valerie Steele – Rio de Janeiro, Ed Rocco: 1997.

- NÍVEL 1: Existe uma pequena preferência por certos tipos de parceiros sexuais, estímulos sexuais ou atividade sexual. O termo “fetiche” não deve ser usado nesse nível.
- NÍVEL 2: Existe uma forte preferência...(Menor intensidade de fetichismo).
- NÍVEL 3: Estímulos específicos são necessários para a excitação e a performance sexuais (Intensidade moderada de fetichismo).
NÍVEL 4: Estímulos específicos tomam o lugar de um parceiro sexual (Alto nível de fetichismo).
O fetiche bem pode ser um substituto para o pênis da mãe, mas isso não é tudo o que ele significa. A teoria freudiana clássica é insuficiente porque ela interpreta o complexo de castração “num sentido estreito, relacionando-se à percepção dos genitais femininos”. Mas “a própria idéia de castração deve ser ampliada” para incluir “o que a precede: ansiedade de separação”.
Castração é problema de vulnerabilidade física e emocional não limitada aos medos relacionados aos genitais.
Michel Foucault chamou o sexo de “a explicação para tudo, nossa chave-mestra”. Ele também descreve o “fetichismo” (entre aspas) como a “perversão modelo”, que “servia de fio condutor para analisar todos os outros desvios.” Mas ele rejeitava a visão psicanalítica da sexualidade como cerne da identidade de um indivíduo e força motriz da ação humana, argumentando que a “psiquiatrização do prazer perverso” era o equivalente moderno ao confessionário e a última forma de saber-poder.
...a sociobiologia sugere que as características “intempestivas” masculinas fazem com que os homens tenham uma tendência a serem lascivos e indiscriminados nos seus acasalamentos sexuais.
A sexualidade humana não é, de modo algum somente um problema de fazer o que der na telha naturalmente; é sempre uma construção psicológica na qual a fantasia tem um papel importante.
Não é o comportamento que é significante, mas o significado que o comportamento indica.
Como Michel Foucault nos lembra, o corpo tem sido objeto de vários tipos de “poderes disciplinares”. As relações de poder “investem-no, marcam-no, treinam-no, torturam-no, forçam-no...a emitir sinais.
Calçado com um sapato de salto alto, “o pé se torna uma arma misteriosa que ameaça o homem passivo; e ele se envaidece de ser assim conquistado.
Estereótipos primitivos de gênero são típicos das fantasias fetichistas.
Mas em seu livro ganhador do prêmio Pulitzer, A negação da morte, Ernest Becker argumenta que “o pé é seu próprio horror, além disso, é acompanhado por sua própria impressionante e transcendente negação e contraste – o sapato”.
Ansiedade de performance é um medo masculino, e essa pode ser uma das razões pelas quais o fetichismo é quase sempre uma perversão masculina.
Alguns psiquiatras sugerem que pode, de fato, haver uma relação entre “criatividade e perversão”. Eles argumentam que os “pervertidos” são especialmente atraídos pela arte e pela beleza, e sua compulsão a idealizar está relacionada à sua necessidade de mascarar a analidade. Assim, o objeto de fetiche é tanto cheiroso quanto brilhante.
Saltos também deixam uma mulher mais alta, “o que é uma vantagem sobre os homens,”
Ao colocar a parte inferior do corpo num estado de tensão, o movimento dos quadris e das nádegas é enfatizado e as costas ficam arqueadas, impulsionando o busto pra frente.
Westwood desenhou sapatos de plataforma tão altos que a modelo Naomi Campbell caiu durante seu desfile.
Emile Zola descreveu a lingerie em exposição em uma loja de departamentos parisiense que parecia “como se um grupo de garotas bonitas tivesse se despido, peça por peça, até a nudez satânica de suas peles”.
De acordo com a condessa de Tramar, o ato de despir marcava “as estações amorosas do desejo”. Se a mulher também quisesse ser a amante de seu marido, ela deveria reconhecer “a importância essencial” da roupa íntima erótica. “É a espera por excitações sedosas, carícias de cetim, farfalhar charmoso, e fica desapontado com uma massa disforme de lingerie rígida...É um desastre!”
“Os homens gostam de garotas que gostam de lingerie”, declarou a stripper Lily “Cat Girl” Christine num artigo de 1956 provocativamente intitulado “Minhas belezas ocultas”.
Acredita-se comumente que o fetichismo seja uma perversão especificamente ocidental, mas as evidências indicam o contrário.
Quando as calcinhas substituem os genitais como fonte principal de excitação erótica, os psiquiatras tendem a especular que há uma fobia subjacente com respeito seja aos genitais femininos seja ao ato do intercurso.
Os homossexuais também podem fetichizar cuecas masculinas, que velam a visão do pênis de outro homem. Os sexólogos observam que alguns homens “colecionam calcinhas de conquistas sexuais e alguns homens levam um par de roupas íntimas de suas amantes com eles quando viajam... Isso ocorre nos relacionamentos gays também”. Mas parece haver uma diferença entre aqueles homens que se masturbam, faut de mieux, “associando a calcinha a uma pessoa específica”, e “verdadeiros” fetichistas que ficam primordialmente excitados pelo cheiro e pela sensação das calcinhas propriamente ditas.
O sexo com espelho tem um papel importante na masturbação fetichista.
As roupas íntimas masculinas tem raramente acarretado as mesmas conotações eróticas que as roupas íntimas femininas, pela razão de que os corpos dos homens não têm geralmente sido interpretados primordialmente em termos sexuais – apesar de a fetichização da roupa íntima masculina ter uma história significativa dentro da subcultura gay.
A emergência da roupa íntima masculina como moda reflete mudanças de papéis para homens e mulheres e uma quebra contínua de tabus sexuais.
As pernas são os caminhos para os genitais. Meias finas levam os olhos do observador perna acima, enquanto cinta-ligas emolduram os genitais. Para muitos homens o efeito é o de setas apontando para a terra prometida, um efeito acentuado quando as meias têm costuras na parte de trás.
...homens que realmente gostam de roupas íntimas pretas “precisam ver a pele branca emergindo de um invólucro preto, porque a pele branca por si só quase não os excita mais.
“Cobrindo os órgãos do toque... as luvas... enfatizam insinuações sexuais ao simultaneamente refrearem e estimularem o desejo” escreve Phillipe Perrot... a pornografia associava a mão à masturbação (daí a expressão “punheta”).
As feministas tem se oposto à exibição pública de roupas íntimas e a imagens erotizadas de mulheres em roupas de baixo, sob o pretexto de que constituem um tipo de molestação sexual visual... uma pessoa não pode controlar a forma como as outras pessoas “lêem” a aparência de alguém vestido.
“Para flara claramente, borracha é poder e sexo”, argumentou Candice Bushnell da Vogue depois de experimentar vários trajes brilhantes e apertados.
As roupas que escolhemos vestir, assim como nossa vida consciente em geral, estão, na sua maioria, firmemente sob o controle daquilo que os psicanalistas chamam de princípio da realidade (i.e., você nem sempre deve conseguir o que quer).
Há muito tempo patologizado e convertido em demônio, o “perverso” chegou a tempo de ser tomado como uma “vítima das circunstâncias” e então como alguém em rebelião contra a ordem social.

domingo, 29 de agosto de 2010

MAFIA WARS


Um amigo me chamou para "brincar" em um aplicativo do Facebook chamado MAFIA WARS.
Como só li o convite e não tive tempo de ver a real situação da coisa, fiquei imaginando como me sairia numa situação destas. E aí começou minha saga...
- Ao acordar muito cedo para trabalhar lembro da MÁFIA dos donos de academia, que exaurem seus funcionários com salários minguados e direitos trabalhistas suprimidos, além de chantagens e pressão constante sobre a manutenção da sua vaga, afinal qualquer estagiário pode entrar e ganhar a metade do que você ganha.
- Chego na cozinha e me deparo com a MÁFIA do agronegócio. Vejo aquelas frutas e lembro dos massacres no campo, das sementes transgênicas, do excesso de agrotóxicos que somos obrigados a relevar, da falta de reforma agrária em nome do mercado e da balança comercial.
- Ao me vestir para sair, me deparo com a MÁFIA das vestimentas, com tênis, bermudas e camisas feitas com materiais suspeitos, em países miseráveis, onde podem contratar trabalhadores semi-escravos e receber doações generosas e isenções de impostos dos governos corruptos.
- Desço à garagem do prédio pra pegar minha bicicleta e saio pelo labirinto dos carros, aprisionado pela MÁFIA das montadoras de automóveis. Empurram você no abismo do consumismo desenfreado, convencido de que é necessário gastar seu dinheiro com aquilo, mostrar seu brinquedinho ao mundo, acelerar seus hormônios ao máximo em três segundos, sentar sua bunda inútil no banco de couro.
- Ao sair na rua, quase sou atropelado e morto pelo motorista insano que serve à MÁFIA dos transportes urbanos. Ônibus, vans, trens, barcas etc. são o pé de meia essencial nas campanhas políticas. É o financiamento das mesmas que permite aos "empresários" manter um péssimo serviço, com preço duvidoso, com concessões prorrogadas ad infinitum.
- Passo pelo "flanelinha" da área, da MÁFIA da extorsão generalizada e disseminada pelos subhumanos que perambulam pela cidade, emendando aí fiscais do governo, policiais regulares da área e demais inúteis do poder público.
- Quando chove muito ou estou atrasado, vou de táxi, usando a MÁFIA dos amarelinhos. Aquele taxímetro, aquela tabela, aqueles preços, aqueles piratas, aqueles que espancam até à morte os que invadem seu território, os piratas, os que fazem o caixa dois com os gringos e desavisados etc. etc. etc.
- Ligo o celular e me rendo à MÁFIA das telecomunicações. lembrando das privatizações-doações de FHC e sua gangue (Il capo dei capi por oito anos) e de como ficamos à mercêdos valores arbitrários em quase todas as ações tomadas pelas empresas.
- Após a primeira aula, que ´na praia, fico por lá, pegando onda, nadando ou gastando tempo junto à MÁFIA dos barraqueiros e fiscais da orla.
Partindo para a segunda etapa do trabalho, me deu tanta tristeza de ver que eu era campeão do MAFIA WARS sem nunca ter jogado que lembrei da frase de Juca Chaves: se eu fosse burro seria mais feliz!
Mas a maior MÁFIA de todas é a dos politicanalhas que dominam o país a mais de cinco séculos, nos amarram no voto obrigatório, na ignorância generalizada, nos 70% de analfabetos funcionais do país, miséria, desilusão, BBB's< novelas, drogas e cosumismo, sua principal arma!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma de história - O futuro do PT - Lúcia Hippólito

- Lúcia Hippólito

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical,
e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.

Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e
Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.

Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT... Foi
um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que
foi o general Golbery.

Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente
paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um
partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles:
o proletariado.

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta.
Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era
revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar
os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música".
Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de
alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com
picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e
brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos,
fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas
passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a
presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos
companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de
convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta
estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson
Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por
Plinio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em
2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que
fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar,
primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei
Betto.

E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas
ligações familiares com a Igreja Católica.

Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do
desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho
PTB de antes de 64.

Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas
diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do
presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o
empresariado. Cavando benefícios para os seus.

Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer,
porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados
e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

É o triunfo da pelegada.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

BILIONÁRIO DE C* É ROLA!

SOCIALIZANDO O PROTESTO!
A parcela da elite que associa (loby) a canalhas dentro do governo é evidente.
Só vão sair de lá a base da pressão popular, coisa tentada algumas vezes na história do país - Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana, Guerra dos Farrapos, Balaiada, Revolta Praieira, Levante Paulista ou Tenestista, enfim...
No modelo atual, todo mundo sabe, mas, é um cala a boca daqui e outra cala a boca dali...
TÁ NA POLÍTICA, nos canalhas que insistimos em colocar e manter lá no planalto central até agora.
E sai um e entra outro. Cultura de merda.




VIDA DURA... da direita
Este é o dono do Hotel Gloria. Vejam de onde surgiu a fortuna.!!!!

Você sabe quem é Eike Batista ??? ??? ???

PREÂMBULO :
FATOS : durante o governo militar, dita a dura, o papai do Eike, Eliezer Batista, foi o todo poderoso Ministro de Minas e Energia.
Exportava minério de ferro para o Japão a um preço inferior ao custo de produção, e a desculpa era "fazer dólares". Os japoneses entupiram seus pátios de armazenagem com estratégicas reservas de ferro brasileiro, montanhas de minério sub-faturados. Passaram a levar o minério e estocar na Austrália... E o paizão foi o único brasileiro a receber das mãos sagradas do Imperador japonês a Ordem do Crisântemo. Aí veio a grande jogada : cada nova reserva de minérios que surgia, o paizão usava seu poder discricionário e dava a concessão ao filhotinho, quase um menino, ainda. Depois, imprensou os japoneses para se associarem, como financiadores, ao "gênio" das finanças (outro Lulinha...) e daí nasceu o bilionário.
Que se FODA os que não tiveram papai Ministro, ou Presidente ...
O BRASIL PRECISA SABER QUEM É EIKE BATISTA

Foi anunciado, em 22/01/2010, nos principais jornais do Brasil, que a empresa OGX empresa OGX acaba de encontrar, na Bacia de Campos, mais uma reserva de petróleo em águas rasas (150 metros de lâmina d'água). A empresa OGX já detém 100% dos direitos de exploração de outros 4 (quatro) poços já encontrados nas mesmas condições.

Agora, PRESTEM ATENÇÃO :

1- A empresa OGX - assim como todas as empresas cuja sigla termina em X, que só atuam em negócios ligados ao governo, PERTENCE A EIKE BATISTA.
2- EIKE BATISTA é um empresário que ficou rico, do dia para a noite, já é o homem mais RICO do Brasil, e, em entrevista recente, prometeu com muita convicção que em breve será o mais RICO do MUNDO !!!
3- POR QUE as jazidas em águas rasas (menor custo de exploração), estão sendo "repassadas" à OGX, com 100% de direitos de exploração, sendo que a PETROBRAS é, hoje, a terceira do mundo e possui tecnologia de sobra para não ter que dividir nossas riquezas com quem quer que seja ? Estranho !!!
4- Recentemente, uma empresa pertencente ao mesmo EIKE BATISTA, teve problemas na Bolívia, algo parecido com o golpe que o governo de Evo Morales aplicou na própria PETROBRAS. Sabem QUEM foi o negociador Sabem QUEM foi o negociador contratado por EIKE para tratar do assunto na BOLÍVIA? PASMEM :::::::: o Sr. JOSÉ DIRCEU !!!
5- Sabem QUEM decide tudo a respeito de negócios da PETROBRAS? Nada mais nada menos que a CONSELHEIRA sra. DILMA ROUSSEF e mais uma equipe de petistas especialistas em golpes de todas as especialidades, inclusive no controle da IMPRENSA, através de outro CONSELHEIRO, o sr. FRANKLIN MARTINS !!! TODOS se tornando também MILIONÁRIOS !!!
6- Será que o presidente LULA também "desconhece" este esquema da PETROBRAS com a OGX ?
Entenda agora porque a CPI da PETROBRAS está sendo abafada pelo governo.
7- Será que o Sr. EIKE BATISTA é mesmo TESTA de FERRO do PT e seus agentes, na organização do maior golpe financeiro JAMAIS VISTO NESTE PAÍS, para manter o PT no governo indefinidamente e tornar bilionários todos os seus colaboradores ???

BRASIL MEU BRASILBRASILEIRO...
TEXTO MONTADO DE INFORMAÇÕES AVULSAS NA INTERNET (INFELIZMENTE NÃO SOU O AUTOR)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

NOTÍCIAS DE CRIME


Impressionante as últimas machetes de jornais no Brasil!
Não pelo conteúdo bizarro de sequestros, assassinatos, ocultação de cadáver, pedofilia, tortura, tráfico de humanos...mas pela ocultação sistemática de crimes contra a humanidade, que são cometidos pelos políticos brasileiros há décadas a fio, sepultados no silêncio conivente de quem deveria gritar, bradir, anunciar!
Devido à minha média idade e minha participação política no grupo Convergência Socialista, na década de 1980, vou me ater ao pós-ditadura.
Participávamos ativamente da campanha DIRETAS-JÁ! Um passo sem medo dado pela sociedade da época. Os recém-adolescentes e jovens não entendiam o pânico dos familiares ao se falar em política, ao desfilar numa avenida gritando palavras de ordem contra os governos. Isso facilitou um pouco a coisa.
A avaliação da composição Tancredo-Sarney era positiva, porque do outro lado estava a nefasta figura de Paulo Maluf, o que causava uma sombra e tanto sobre a estapafúrdia presença de José Sarney ao lado dos mocinhos. Nunca, em um momento de tanta esperança e satisfação, imaginou-se que tancredo morreria. Parecia-nos tão forte, vigoroso, afirmativo...Mas se foi, antes de tomar posse, o que foi pior, pois não houve nem tempo de formar um ministério, unir bancadas, atuar na coalisão emergencial que o país tanto precisava.
E aí vem a primeira tragédia nacional: somos lançados no colo de um coronel bandido desde a raiz, com notória participação em inúmeros casos de desrespeito às leis em seu estado natal, que havia servido à ditadura como presidente do PDS! Seus latifúndios com notada presença de trabalho escravo, seu "povo" beirando (até hoje) as raias do sub-humano. Deu no que deu. Anos de descalabro e desgoverno, Maílson da Nóbrega como ministro da economia, completamente rendido ao modelo, da época, de exploração financeira de países pobres e emergentes (inflações galopantes - 80% ao mês - e descontrole cambial total).
Sem meios de informação confiáveis, já que todos eram filhotes servis da ditadura, nunca teremos a real compreensão do que foi aquilo, chamado de governo de transição pelos militares, NUNCA!
Após um coronel pegajoso e pútrido, temos a terrível confirmação de que o voto obrigatório só serve a quem não presta: Fernando Collor de Melo (atualmente liderando as pesquisas de intenção de voto em Alagoas, PASMEM!), netinho de coronel, playboy do sertão, fanfarrão no último grau, com todos os vícios herdados da família e alguns bem mais modernos, assume como o salvador da pátria!
Ainda bem que não se macomunou com a imprensa e as megacorporações dominantes da época, o que fez com que a Rede Globo, esse câncer em eterna progressão na nossa sociedade, o ejaculasse do poder com toda virulência que lhe é peculiar.
Mais uma vez ficaremos reféns da imensa falta de informação sobre a realidade das coisas...não há arquivos oficiais no Brasil, que possam ser um dia abertos e que esclareçam coisas desse nível.
Chutado o imoral, vem o amoral: Itamar Franco, pãdiquêjicuncafezim, malemolente, atraente, simpático, simples, aparentemente honesto, mas cheio de raposas, abutres, serpentes e coiotes a tomar conta do galinheiro. Indiretamente, nos deixou o mais nefasto legado dos últimos anos: Fernando henrique Cardoso! Esse, pode entrar a Dilma Roussef abraçada com o Michel Temer, Jáder Barbalho e Orestes Quércia sobre o túmulo de Jesus, que nada mais o abala!
FHC protagonizou a fenda abissal que separa a população brasileira dos ativistas corporativos multimilionários (algo em torno de 1,5% da população total do país), que atuavam nos esquemas de simples repasse do poder e do patrimônio nacional, a troco de comissão. Instituiu e formalizou a propina, o roubo qualificado, a bajulação financeira estatal aos bancos privados, assalto corporativo, a entrega do país nas mãos das corporações estrangeiras, sempre ficando com seus 20%, sejam de que forma viessem. Paulo Hnrique Cardoso, seu filho, é uma ferida cheia de pus, que galanteia e zomba do país até hoje, assim como toda a corja da família, incluindo aí genros, noras e amigos chegados.
FHC não só sentou no colo dos banqueiros como fez tudo o que Calígula apenas sonhava. Só que com a sua bunda, sua boca, brasileiro! Deu o que não lhe pertencia. Afagou a cabeça do Diabo com a mão que abanou o rosto de Deus. Vendido até o último fio de cabelo, alçou ao estrelato financeiro nacional figuras inválidas, exóticas, inúteis. Alinhou no "multimilionarismo" toda sua corja, sempre em fraudes, falcatruas, peculato, coação.
Fernando Henrique Cardoso é a encarnação do verme que chafurda na merda de Satanás.
E então vem Lula! Inútil, inócuo, inofensivo. Puro continuismo e continuidade de Fernando Henrique Cardoso (pai da sua cartilha, alterada por Dirceu e sua gangue), só que com alguns litros de cachaça a mais na cabeça, o que aumenta sua capacidade de comunicar (muita bosta) e interagir. Arroz de festa ideal pra qualquer chuvisco, merece um capítulo à parte, pela história de traição ao movimento real de sindicalismo, trabalhadores rurais e demais estruturas nas quais pisou em cima pra subir, pura e simplesmente pra tomar o lugar do mestre FHC!
Esses crimes, que matam nossas crianças, destruíram gerações e continuam destruindo e adiando o sonho brasileiro, esses crimes, ninguém conta! Quem abre a boca toma pau! Vide a extinção da Tribunada Imprensa, de Hélio Fernandes, e o sufoco que a Caros Amigos vem passando (conseguiu UM anunciante na sua última edição!)
Tristes constatações em ano eleitoral!

terça-feira, 6 de julho de 2010

REPRESENTATIVIDADE! SÓ NA MAMADA!


Essa copa do mundo de futebol é uma vitrine perversa, pois ali não tem photoshop, só tem a câmera super lenta, que te fode na tua burrice e te retarda no teu brilhantismo.
32 países representados por uns, que foram escolhidos por outros que foram escolhidos por outros que foram escolhidos por outros. Sem você em nenhum momento dessa decisão.
Te representam? Quem? Kakaralho doente, 5 meses parado e vindo de uma cirurgia? Luis Fabisonho, idem? Dunga, solitário e cabisbaixo sem os outros seis anões ao seu redor, só o Jorginho pra brincar de Branca de Neve? Paulo Paixão (preparador físico) e Dr Runco, que amarelaram na hora de cortar quem realmente não estava 100% em uma competição curta, de 7 jogos?
Me senti muito mais representado pelo grito africano e pelo ensurdecedor sopro vuvuzelano que pela seleção canarinho.
Gana, Nigéria, África do Sul, Camarões, Argélia...alguém mais? Não lembro...
Sugados, surrados, estropiados, renegados, mutilados, ignorados. Assim é o continente africano em relação ao mundo! Assim é o povo brasileiro em relação aos parlamentares em todas as instâncias, em sua grande, imensa maioria.
Ou você se sente representado em algum lugar? Você vai lá e diz: aquele ali grita por mim! Olha por mim! Chora comigo!
Que nada!
É a bancada evangélica, a ruralista, a de banqueiros, a de convênios médicos, a de madeireiros, a de traficantes de drogas e armas, a de filhos da puta puros e simples, a de associações de moradores, a de deslumbrados e por aí vai...mas a sua, meu caro, minha amiga, a sua bancada é aquela da sua cozinha, onde você corta o dedo fazendo comida.
Faça o exercício de se lembrar em quem você votou na última eleição e o que ele fez, mesmo que de longe e indiretamente, por você ou alguém que você conheça.
A atividade parlamentar no Brasil só tem três caminhos atualmente:
- empenhar toda a grana da família e dos amigos mais chegados e eleger um parlamentar que vai garantir um excelente retorno financeiro nesse dinheiro aplicado,
- representar um grupo poderoso, que vai te usar e abusar pra fazer leis e abrir brechas m seu favor (mas com excelente retorno financeiro e uma capa de bons advogados em volta),
- ficar falando sozinho e dando murro em ponta de faca, como Chico Alencar, Heloísa Helena, Plínio de Arruda Sampaio, Ciro Garcia, José Maria e tantos outros do povão real, de carne e osso, que anda na rua.
A atual casta de ignorantes e semi-analfabetos que "representam" o país no Congresso Nacional, e manipula dali o Poder Judiciário, trapaceando, escondendo e desafiando as leis de todas as formas (do homicídio em primeiro grau à uma lista sem fim de artigos do código penal brasileiro) são o que há de mais desgraçado, aviltante e ultrajante para nosso povo, aquele do Faustão, das discussões massificadas por jornais que se copiam e se permitem, sempre bajuladores e limitadíssimos, povão das compras de TV, celular, fogão, sofá...e livros? Cinema? Teatro?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHRRRGGGGGGGGGGGGGGGGGG

ELEIÇÃO EM OUTUBRO!
OBRIGATÓRIA!
LÁ VEM MAIS DESCARGA, SÓ QUE A MERDA DESCE NO CONGRESSO, NO PALÁCIO ALVORADA, NAS ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS ESTADUAIS...E SÃO QUATRO ANOS DE BUEIRO ENTUPIDO, FEDENDO NA TUA CARA, SEM QUE VOCÊ POSSA FAZER NADA, A NÃO SER PAGAR OS SALÁRIOS E MIL MORDOMOIAS DESSA CAMBADA DE FILHO DA PUTA!

terça-feira, 29 de junho de 2010

CAPITALISMO PARASITÁRIO



TRILHA SONORA PRO TEXTO - http://www.youtube.com/watch?v=TlLWFa1b1Bc

Interpretações de Zygmunt Bauman sobre fatos e comportamentos atuais.

Bauman nasceu na Polônia e mora na Inglaterra desde 1971. Professor emérito das universidades de varsóvia e Leeds, é autor de vasta obra que analisa as transformações sócio-culturais em nosso tempo.
http://www.infoescola.com/biografias/zygmunt-bauman/

"Sem meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante um certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo sua sobrevivência."
"A atual contração do crédito não é um sinal do fim do capitalismo, mas apenas da exaustão de mais um passo. A busca de novas pastagens terá início imediatamente, alimentada, como no passado, pelo Estado capitalista, por meio da mobilização forçada de recursos públicos (usando os impostos, em lugar do poder de sedução do mercado, agora abalado e temporariamente fora de operação)."
"A atual contração do crédito não é resultado do inssucesso dos bancos. ao contrário, é o fruto, plenamente previsível, embora não previsto, de seu extraordinário sucesso. Sucesso ao transformar uma enorme maioria de homens, mulheres, velhos e jovens numa raça de devedores."
"...a antureza do sofrimento humano é determinada pelo modo de vida dos homens. As raízes da dor da qual nos lamentamos hoje, assim como as raízes de todos os males sociais, estão profundamente entranhadas no modo como nos ensinam a viver..."
"Essa espécie de Estado assistencial para os ricos (ou, mais exatamente, a política de mobilizar, por intermédio do Estado, os recursos públicos que as empresas capitalistas não conseguem convencer o público a lhes entregar diretamente) não é novidade: apenas o alcance e a publicidade que o acompanham assumiram proporções capazes de causar escândalo."
"Quand os elefantes brigam, quem paga o pato é a grama".
"...a acumulação inicial de capital conduz invariavelmente a uma polarização sem precedentes e contestada das condições de vida e provoca tensões sociais explosivas: para a classe empresarial e mercantil emergentes, é necessa´rio que essas tensões sejam supirmidas por um Estado potente, impiedoso e coercivo."
"Abandonar os padrões muito rígidos, ser condescendente com a falta de critérios, satisfazer todos os gostos sem privilegiar nenhum deles, promover a inconsistência e a 'flexibilidade' 9nome politicamente correto da frouxidão de caráter) e exaltar a instabilidade e a incoerência, esta é, portanto, a estratégia justa 9 aúnica razoável) hoje."
"Se o mundo habitado por consumidores se transformou num grande magazine onde se vende 'tudo aquilo de que você precisa e com que pode sonhar', a cultura parece ter se transformado atualmente em mais um de seus departamentos."
"...a alegria de 'livra-se' de algo, o ato de descartar e jogar no lixo, esta é a verdadeira paixão do nosso mundo."
"O consumismo de hoje não consiste em acumular objetos, mas em seu gozo descartável."
"...o conhecimento é destinado a perseguir eternamente objetos sempre fugidios que, como se não bastasse, começam a se dissolver no momento em que são apreendidos."
"O futuro não é mais um tempo a ser esperado com impaciência: ele só vai aumentar as dificuldades atuais, incrementando de modo exponenciala quandtidade de conhecimento que já nos atordoa, nos sufoca e que bloqueia a salvação que ele próprio oferece de forma sedutora."
"Na massa, a parcela de conhecimento retirada para uso e consumo pessoal só pode ser avaliada com base na quantidade, não é possível comparar sua qualidade com o restante. todas as informações se equivalem."
"A arte de viver em um mundo hipersaturado de informação ainda não foi aprendida. E o mesmo vale também para a arte ainda mais difícil de preparar os homens para esse tipo de vida."
"Relações virtuais são equipadas com a tecla 'delete' e com 'antispam', mecanismos que protegem das consequências incômodas (e sobretudo dispendiosas em termos de tempo) das interações mais profundas."
"Os medos não tem raiz. Essa característica líquida do medo faz com que ele seja explorado política e comercialmente. Os políticos e os vendedores de bens de consumo acabam transformando esse aspecto em um mercado lucrativo."
"Uma pessoa se sente humilhada quando recebe a mensagem, por palavras ou ações, de que não pode ser quem pensa que é."
"Quem são os otimistas? As pessoas que acham que o nosso é o melhor dos mundos. E os pessimistas? Pessoas que suspeitam que os otimistas talvez estejam certos."

domingo, 6 de junho de 2010

NEUROMANCER - WILLIAM GIBSON


"...Straylight lembrava a Case o shopping centers desertos de manhã cedo que ele conhecera na adolescência, lugares de baixa densidade de mográfica onde as horas do amanhecer traziam uma imobilidade adequada, uma espécie de expectativa anestesiada, uma tensão que fazia você ficar observando insetos se juntarem em enxames ao redor de lâmpadas em gaiolas sobre a entrada de lojas escurecidas.

Ele havia perdido seu ódio novamente. Tinha saudades dele.

...Era uma coisa imensa, além do conhecimento, um oceano de informação codificada em espiral e feromônios, uma complexidade infinita que somente o corpo, de sua maneira cega e forte, poderia ler.

...Para invocar um demõnio, você precisa saber o nome dele. Os homens já sonharam com isso um dia, mas agora a coisa se tornou realidade de outra maneira. você sabe disso...

...gritou. Mas não era um grito de dor. Era um grito histérico de ódio, tão puro, tão refinado, que ão tinha nenhuma humanidade."

Com NEUROMANCER, William Gibson rompeu as barreiras entre a chamada literatura tradicional e o gueto do fandom típico da ficção científica norte-americana, que permeou os sonhos de muitos autores de gerações anteriores: sci-fi sem fronteiras. O conceito ciberespaço como matrix surgiu de sua prosa ácida e cinematográfica como um implante metálico nas rodas acadêmicas. por tudo isso, Gibson conquistou os prêmios hugo Award, Nebula Award e Philip K. Dick Memorial Award.
(Adriana Amaral - doutora e jornalista PUC-RS)

APROVEITEM - O LIVRO COMEMORA 25 ANOS, COM RELANÇAMENTO COMENTADO!!
http://www.williamgibsonbooks.com/books/neuromancer.asp
http://www.facebook.com/pages/William-Gibson/105529902813463?ref=ts&v=desc

quinta-feira, 6 de maio de 2010

(I)MOBILIZAÇÃO


Minha escola de Judô sempre desenvolveu a parte de ne waza (luta no solo) baseando-se nas imobilizações móveis. Como assim? Imobilizar, mas sem perder a SUA mobilidade, necessária para repor posições, recuar, avançar e estabilizar, sem perder o prumo.
Partindo dessa premissa, temo cada vez mais pelas técnicas de imobilização que a cultura da ignorância e o descrédtido nas "teorias da conspiração" causam no Brasil, na sua imensa maioria da população. Imobilizados pela fome, pelas desgraças, pelo analfabetismo, pelas inoportunidades (isso existe?), pelas TVs, BBBs, Rede Globo(sta) e todas as religiões ativas e operantes em solo nacional!
Tive a grande oportunidade de, uma vez em Paris, assistir uma mobilização popular francesa, enorme, pressão total em atos, palavras e atitude. passavam como um rolo compressor absoluto, acompanhados bem de perto pela velha e operante polícia, sempre defensora dos ricos e poderosos.
Ao buscar a causa de tal mobilização tão impressionante, soube que era por uma pequena mudança orçamentária na educação nacional, que diminuiria as opções de ingressos em faculdades.
Que poder de ação!
Que me veio à memória agora, quando os poderosos gregos, ajoelhados e chupando o pau do FMI, oferecem à população aumento de impostos, redução de 15 a 20% dos salários e aumento em 4 anos no tempo legal para se conseguir aposentadoria.
Que poder de enfrentamento!
Incêndios a bancos (uma das quatro desgraças mundiais), a policiais, com coquetéis molotovs atirados com maestria, quebradeira generalizada e escondida em sua essência e real poder de destruição pelos meios de comunicação mundiais (é informação e poder demais aos alienados de plantão, vai que uma centelha queima numa mufa qualquer...?!?!??!)
E no Brasil o paraíso tropical?
LULA
DILMA
JOSÉ GENOÍNO
JOSÉ DIRCEU
JOSÉ SARNEY
JOSÉ SERRA
JOSÉ ARRUDA
(coitado do corno bíblico, nunca imaginaria o nome tão bem ornamentado...)
ACM NETO
ROMEU TUMA JR
(repararam na perpetuação hereditária?)
MICHEL TEMER
MIRO TEIXEIRA
JORGE VIANA
FLAVIANO MELO
MÃO SANTA
GAROTINHO, ROSINHA E SUA QUADRILHA DE FILHOS
ETC
ETC
ETC
ETC

VAMOS TACAR FOGO!
É MATAR OU MORRER, CARALHO!
NÃO HÁ OUTRA OPÇÃO...

666

PANTERA:

We've got no time to lose
Your news is old news
Hate this, hate me, hate this
Right approach for the wrong
It's time to spread the word
Let the voice be heard
All of us, one of us, all of us
Dominate and take the motherfucking world

Mass prediction, unification
Breathing life into our lungs
EVERY creed and EVERY kind
To give us depth for strength

Taught when we're young to hate one another
It's time to have a new reign of power
Make pride universal so no one gives in
Turn our backs on those who oppose
Then when confronted we ask them the question
What's wrong with their mind?
What's wrong with your mind?

It's time to RISE

We've lived with past mistakes
And we've lived with our own
Forgive, forget, forgive
Be a man, not a child
There are to tears for peace
Of the common sympathies
Educate, reinstate, educate
A thing of past
The trouble in the states

terça-feira, 6 de abril de 2010

DOMINGO DE PÁSCOA


tem dominog de Maracanã. Domingo de cachaça. De churrasco. Da bagaça. Mas a religião transtorna. Transforma. E os excluídos? No país laico, a obrigatoriedade de "curtir" os dias santos é até inconstitucional, não?
Pois que venha a democracia de nosso sincretismo sobre a laicidade.
Feriado do Dalai Lama! Edir Macedo! Henry Sobel! Mestre Irineu! Mãe Menininha! Chico Xavier! E dos gringos malucos que andam com plaquinhas pretas no bolso da camisa branca, estampando seus nomes sombrios...
Sonho com o prêmio Nobel da Paz pro filho da puta que acabar com as religiões do mundo.
E que venha logo, pois a coisa está ficando FÉrrenha..
666

RISCO DA QUEDA
VAI ANDAR?
SENTA.
ONDE VOU? TEM VOLTA?
QUER VOLTAR POR QUÊ?
JÁ FOI?
SÓ PERGUNTAS.
SÓ PERGUNTAS?
SEM RESPOSTAS (É UMA RESPOSTA).
SEM RESPOSTAS? (MAIS UMA PERGUNTA).
VAI ANDAR?
RISCO.
TEM RISCO.
ARISCO.
ARRISCO.
RISCO, RABISCO. E ESTES TRAÇOS NADA ME ENCAMINHAM.
MASA - 4/4/10

quinta-feira, 18 de março de 2010

TORRE DE BABEL


"Segundo a narrativa bíblica no Gênesis, foi uma torre construída por um povo com o objetivo que o cume chegasse ao céu, para que não fossem espalhados sobre toda a terra. Deus parou este projeto ao confundir a sua linguagem e espalhar o povo sobre toda a terra. Esta história é usada para explicar a existência de muitas línguas e raças diferentes. A localização da construção teria sido na planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque), uma região célebre por sua localização estratégica e pela sua fertilidade."
Wikipédia

Se é ou foi ou não ou não sei, pelo menos vem de uma linhagem familiar que é uma beleza! Afinal de contas, depois que Deus ficou putinho (o Cara vive tendo piti, minha santa!), ele matou tudo o que existia na face da terra, alagando até o cume (a rosa no cume cheira, o sol no cume arde...) mais alto - nem 2012 teve essa idéia... -e deixou só a família do Noé, vagando numa balsa por aí, brincando de zoológico flutuante.
Bem, ao secar o dilúvio alucinante do Alucinado (imaginem o cheiro de morte e lodo e lama e putrefação depois disso), a família do bom velhinho Noé teve que se desdobrar em surubas familiares homéricas pra povoar toda a porra do mundo de novo, né?????
Surubas incestuosas à parte, essa sagrada família entrou na história porque a Bíblia cita que foram os descendentes de Noé que decidiram construir a Torre de Babel.
E ela me veio à cabeça por causa da minha última viagem à Europa, onde não só visitei 4 países em 4 semanas, como também convivemos com mais de 20 países diferentes nos eventos.
Então, na hora dos rangos, naqueles galpões gigantes, a visão do mito da Torre sempre vinha na minha mente - não mente, mente quem está detrás da lente - , porque a cada 3 a 5 passos o mundo mudava, a língua entortava e nada era compreensível (ainda mais em Budapeste). Japoneses, coreanos, húngaros, brasileiros, argentinos, alemães, britânicos, espanhóis, russos, portugueses, mongóis, uzbeques, franceses, holandeses, belgas, argelinos, marroquinos, egípcios...affff...muito bom!
Obrigado, Alucinado inconformado, por ter criado os loucos que falavam entre si e não se entendiam, porque hoje em dia, isso leva a um entendimento bem maior que confusão! Pela compreensão da não possibilidade de compreensão, o nível de carinho e atenção e respeito e busca de contato é enorme!
E o entendimento é universal. Além de falarmos a língua do Judô, do esporte, falamos a língua do respeito, admiração, tolerância (creiam, há até judeus no processo!!!), curiosidade e aprendizagem.
Obrigado. Thank you. Merci. Dankie. Danke. شكرا. благодарности. 감사합니다. vďaka. vala Hvala. Gracias. Aitäh. Bedankt. Köszönöm. Grazie. ありがとう. Dzięki. Mulţumesc. Cпасибо. Teşekkürler...

quarta-feira, 10 de março de 2010

MACHADO DE ASSIS


PUTA QUE PARIU! O JOSÉ MINDLIN MORREU...TAMBÉM, PORRA, COM QUASE CEM ANOS, JÁ ESTAVA ATÉ ATRASADO PRO BONDE DO CÉU (OU DO INFERNO, NÃO SEI ONDE ELE GOSTARIA DE IR...)

Em sua homenagem, fui com mais sede ao pote no meu rolé de domingos pelos sebos de rua do Catete e adjacências...e eis que me deparo com uma bela coleção de Machado de Assis (quase na esquina da rua homônima!), incompleta, capa dura, verde, com sua caricatura em baixo relevo na capa frontal, sobre sua assinatura.

São 29 livros, que negociei ao máximo até o preço de R$ 38,00. Como tinha R$ 50, 00 no bolso, fiz minha cena mecenas e dei uma boa gorjeta pro gordinho que carrega toneladas de livros todo domingo pra vagabundagem da área ficar folheando, sem comprar quase nenhum.

Não conhecia essa coleção, e ele já havia vendido alguns livros avulsos, por R$ 5,00. Me sobraram:

1- Ressurreição (...Minha idéia ao escrever êste livro foi pôr em ação aquêle pensamento de Shakespeare: "Our doubts are traitors, / And make us lose the good we oft might win, / By fearing to attempt." Não quis fazer romance de costumes; tentei o esbôço de uma situação e o contraste de dois caracteres; com êsses simples elementos busquei o interêsse do livro. A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito, e sobretudo se o operário tem jeito para ela. É o que lhe peço com o coração na mão. Machado de Assis, 1872)

3- Helena (...Capítulo I - O conselheiro Vale morreu às 7 horas da noite de 25 de abril de 1859. morreu de apoplexia fulminante, pouco depois de cochilar a sesta, - segundo costumava dizer,- e quando se preparava a ir jogar a usual partida de voltarete em casa de um desembargador , seu amigo...)

4- Iaiá Garcia (...I - Luís Garcia transpunha a soleira da porta, para sair, quando apareceu um criado e lhe entregou esta carta: "5 de outubro de 1866. Sr. Luís Garcia - Peço-lhe o favor de vir falar-me hoje, de uma a duas horas da tarde. Preciso de seus conselhos, e talvez de seus obséquios. - Valéria"...)

5- Memórias Póstumas de Brás Cubas (...AO VERME QUE PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES DO MEU CADÁVER DEDICO COM SAUDOSA LEMBRANÇA ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS...)

6- Quincas Borba (...I - Rubião fitava a enseada, - eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa em Botafogo, cuidaria que ele admirava aquêle pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa...)

7- Dom Casmurro (...Capítulo I - Do título - Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu...)

9- Memorial de Aires (...1888, 9 de janeiro - Ora bem, faz hoje um ano que voltei definitivamente da Europa. O que me lembrou esta data foi, estando a beber café, o pregão de um vendedor de vassouras e espanadores: "Vai vassouras! vai espanadores!"...)

10- Histótias da Meia-Noite (...A parasita azul - Capítulo I - Volta ao Brasil - Há cerca de dezesseis anos, desembarcava no Rio de Janeiro, vindo da Europa, o Sr. Camilo Seabra, Goiano de nascimento, que ali fora estudar medicina e voltava agora com diploma na algibeira e umas saudades no coração...)

11- Histórias Românticas (...Questão de vaidade - I - Suponha o leitor que somos conhecidos velhos. Estamos ambos entre as quatro paredes de uma sala; o leitor assentado em uma cadeira com as pernas sobre a mesa, à moda americana, eu a fio comprido em uma rede do Pará que se balouça voluptuosamente, à moda brasileira, ambos enchendo o ar de leves e caprichosas fumaças, à moda de toda gente...)

12- Papéis Avulsos (...O alienista - I - De como Itaguaí ganhou uma casa de Orates - As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil,, de Portugal e das Espanhas...)

13- Histórias sem Data (...A Igreja do Diabo - Capítulo 1 - De uma idéia mirífica - Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fôssem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada...)

14- Várias Histórias (...A cartomante - Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando êste ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras...)

15- Páginas Recolhidas (...O caso da vara - Damião fugiu do seminário às onze horas da manhã de uma sexta-feira de agosto. Não sei bem o ano; foi antes de 1850. Passados alguns minutos parou vexado; não contava com o efeito que produzia nos olhos da outra gente aquêle seminarista que ia espantado, medroso, fugitivo...)

16 e 17- Relíquias de Casa Velha (...Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro, da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu...) (...Valério - I - Valério era fluminense; veio à luz com a revolução de 1831. O pai estava em campo, enquanto ele nascia humildemente, entre as lágrimas de sua mãe e os cuidados de uma velha comadre...)

18- Poesias (...Crisálidas - 1864 - Musa Consolatrix: Que a mão do tempo e o hálito dos homens / Murchem a flor das ilusões da vida, / Musa consoladora, / É no teu seio amigo e sossegado / Que o poeta respira o suave sono...)

19- Teatro (...Desencantos FANTASIA DRAMÁTICA - A Quintino Bocaiúva - Interlocutores Clara de Sousa, Luís de Melo e Pedro Alves...)

20 e 21- Contos Fluminenses (...Miss Dollar - I - Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar...) (...Casada e viúva - I - No dia em que José de Menezes recebeu por mulher Eulália Martins, diante do altar-mor da matriz do Sacramento, na presença das respectivas famílias, aumentou-se com mais um a lista de casais felizes...)

22, 23, 24 e 25- Crônicas (...Auqarelas - os fanqueiros literários - 11 de setembro de 1859 - Não é isto uma sátira em prosa. Esbôço literário apanhado nas projeções sutis dos caracteres, dou aqui apenas uma reprodução do tipo a que chamo em meu falar sêco de prosador novato - fanqueiro literário...) (...Ao Acaso (Crônica da Semana) - 12 de junho de 1864 - também o folhetim tem cargo de almas. É apóstolo e converte...) (...Baladas - 22 de outubro de 1871 - Escapamos de boa! Ali ao pé de nós, a vinte minutos de viagem, ali na formosa Niterói, estêve há dias prestes a romper uma guerra terrível, - uma gerra entre a província do Rio de Janeiro e a Itália...) (...Notas semanais - 2 de junho de 1878 - I - Há heranças onerosas. Eleazar substitui Sic, cuja pena, aliás, lhe não deram os lavôres de estilo, a graça ática, e aquêle pico e sabor, que são a alma da crônica...)

26, 27 e 28- A Semana (...1892, 24 de abril - Na segunda-feira da semana que findou, acordei cedo, pouco depois das galinhas, e dei-me ao gôsto de propor a mim mesmo um problema...) (...1894, 1 de janeiro - sombre quatre-vingt-treize! É o caso de dizer, com o poeta, agora que êle se despede de nós, êste ano em que perfez um século o ano da terrível Revolução...) (...1895 - quem põe o nariz fora da porta, vê que este mundo não vai bem...)

29- Crítica Literária (...Exercer a crítica, afigura-se a alguns que é uma fácil tarefa, como a outros parece igualmente fácil a tarefa de legislador; mas, para a representação literária, como para a representação política, é preciso ter alguma coisa a mais do que o simples desejo de falar à multidão...)

30- Crítica teatral (...A arte dramática não é ainda entre nós um culto; as vocações definem-se e educam-se como um resultado acidental...)

31- Correspondência (...A Quintino Bocaiúva - Meu amigo, - vou publicar as minhas duas comédias de estréia; e não quero fazê-lo sem o conselho de tua competência...)
Obra cotejada e revista por Henrique de Campos, composta e impressa na Gráfica Editora Brasileira Ltda, SP, Brasil, 1953.

Agora eu vou me divertir profundamente! E juro dividir com vocês toda essa emoção...

Quer o Machado brandindo sobre sua cabeça? Acessa: http://www.machadodeassis.org.br/






segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ROLAND BARTHES


Incidente: etmologicamente, "aquilo que cai sobre alguma coisa". Nestas anotacoes e fragmentos de diário, Roland Barthes experimenta uma forma breve análoga ao haicai japones ou as "epifanias" de Joyce.

"Considero que o haicai é uma espécie de Incidente, de pequena prega, uma fenda insignificante numa grande superfície vazia. O haicai nao deseja agarrar nada, no entanto, há como que uma dobra sensual, o assentimento feliz a lampejos do real, a inflexoes afetivas. A consequencia rigorosa, mas também o que constitui a especialidade e a dificuldade do Haicai, da Epifania, do Incidente, é o constrangimento do nao-comentário. Extrema dificuldade (ou coragem): nao dar o sentido, um sentido; privada de todo comentário, a futilidade do INcidente se poe a nu, e assumir a futilidade é quase heróico." (R.B., A preparacao do romance)

Essas viagens longas, onde o tempo "é o tempo" (nocao definida em Zyon, do Neuromancer, de W. Gibbons), a formidável vaga no espaco te permite a reflexao e a inflexao. E entre um voo e outro pelos mares de nuvens européias, acabei de ler "Incidentes" (Roland Barthes).

Tive o privilégio de conhecer seu trabalho através de Ana C. (aah, meu doce amor, sempre voce, o sorriso mais belo e as bochechas mais gostosas que uma moca pode ter). Pois Ana me introduziu (esquisito verbo em relacao a um homossexual...eheheh) ao mundo de R.B. pelo magnífico "Fragmentos de um discurso amoroso". Primoroso.

Ele é culto, denso, charmoso e seco (o livro e o homem), e este Incidentes me deixou mais apaixonado ainda, e apreensivo, pois tem narrativa cronológica na última parte, que termina seis dias antes do meu aniversário de nove anos. Como eu torcia a cada página por seus escritos no "meu dia".


17 de setembro de 1979

Ontem, domingo, Olivier G. veio almocar comigo; para esperá-lo, recebe-lo, tinha tido todo o cuidado que geralmente demonstra que estou enamorado. Mas, já no almoco, sua timidez ou distancia me intimidava; nenhuma euforia de relacao, longe disso. Pedi-lhe que viesse ao meu lado, na cama, durante a sesta; ele veio muito gentilmente, sentou-se na beirada, leu um livro de figuras; seu corpo estava muito longe, se eu estendia o braco para ele, nao se mexia, fechado: nenhuma complacencia; aliás, logo se foi para o outro comodo. Fui tomado por uma espécie de desespero, tinha vontade de chorar. Via com evidencia que eu tinha de desistir dos rapazes, porque nao havia desejo deles por mim, e porque sou ou muito escrupuloso ou muito desajeitado para impor o meu; que isso era um fato incontornável, verificado por todas as minhas tentativas de flerte, que daí eu ter uma vida triste, que, finalmente, me entedio, e que eu preciso tirar esse interesse, ou essa esperanca, da minha vida. (Se tomo um a um os meus amigos - fora aqueles que nao sao jovens -, é cada vez um fracasso: A., R., J.-L. P., Saul T., Michel D. - R. L., limitado demais, B. M. e B. H., sem desejo etc.) Só me restarao os gigolos. (Mas que farei entao durante as minhas saídas? Noto sempre os jovens, desejando imediatamente, neles, ficar apaixonado por eles. Qual será para ,mim o espetáculo do mundo?) - Toquei um pouco de piano para O., a pedido dele, sabendo já que eu tinha desistido dele; ele tinha olhos muito bonitos, e rosto suave, abrandado pelos longos cabelos: um ser delicado, mas inacessível e enigmático, ao mesmo tempo meigo e distante. Depois mandei-o embora, dizendo que eu tinha de trabalhar, sabendo que estava acabado, e que além dele alguma coisa tinha acabado: o amor de um rapaz.

p.s.: desculpem a falta de sinais...estou em um computador europeu e nao sei mexer nessa merda!