NA SOMBRA...

NA SOMBRA...
Vem comigo?

sábado, 27 de novembro de 2010

A CULPA É DO BRIZOLA E DO DARCY RIBEIRO


Ouvi e li muita merda nos últimos dias. Mas a que mais me irrita é filho da puta dizendo que a culpa disso que está acontecendo agora é do Brizola! Não que não seja, mas indicam os motivos errados!!!
A culpa é do Brizola mesmo! E do Darcy Ribeiro!
No apagar das luzes da ditadura (que já estava mais pra ditamole, abandonada pelo padrinho Big Stick à própria sorte, depois de sugar e manipular tudo o que quis por 20 anos), fechando todos os acordos de não-retaliação, anistia, esquecimento - função primordial da memória política popular brasileira - essa dupla se envolveu em uma legítima disputa eleitoral democrática, vencendo contra tudo e todos, derrubando a porcalhada que o Sistema Globo de Imundização tentou vender a todo custo durante toda a campanha.
Para melhorar as coisas, o "velho caudilho" tinha uma neta chegada ao caratê boliviano, frequentadora assídua das melhores bocas-de-fumo das favelas da Zona Sul carioca. Isso trouxe ao cancioneiro popular fluminense o apelido carinhoso da branca maldita de "brizola".
Tecos à parte, esse apêndice foi dado para localizar o embrião das denúnciaas de favorecimento ao tráfico, supostamente realizado pela segurança institucional do novo governo. Porque o bom velhinho do chimarrão quis suspender as ações de extermínio impetradas pelas polícias locais contra os moradores das comunidades pobres do subúrbio e da limpeza étnica "chapa branca" nas favelas da high society do Rio de Janeiro (rico cheirador tem personal drug dealer, né, baby??).
Para isso determinou suspensão imediata das incursões policiais nessa localidades, ordenando que a Secretaria de Ação Social (não sei se era esse o nome na época - mas era a função) entrasse lá e realizasse um mapeamento de necessidades estatais não observadas pelos dirigentes de então.
Além disso, a secretaria de Educação já chegava com o planjemaneto de reestruturação de todo o ensino no Estado, pautado no trabalho de Darcy Ribeiro, originando os CIEPs (O CIEP é uma escola que funciona das 8 horas da manhã às 5 horas da tarde, com capacidade para abrigar 1000 alunos. Projetado por Oscar Niemeyer, cada CIEP possui três blocos. No bloco principal, com três andares estão as salas de aula, um centro médico, a cozinha e o refeitório, além das áreas de apoio e recreação. No segundo bloco, fica o ginásio coberto, com sua quadra de vôlei/basquete/futebol de salão, arquibancada e vestiários. Esse ginásio é chamado de Salão Polivalente, porque também é utlizado para apresentações teatrais, shows de música, festas etc. No terceiro bloco, de forma octogonal fica a biblioteca e, sobre ela, as moradias para alunos-residentes - http://pdt12.locaweb.com.br/paginasmenu.asp?id=34 ).Porra de velhos malucos! Parar o extermínio, levar ações oficiais de governo e ainda dar EDUCAÇÃO aos pobres??? VÃO SE FUDER! Foi a grita geral, amplificada a mil e ao mundo pelas organizações mafiosas do Sr. Marinho (que o diga Roméro Machado, autor do livro "Afundação Roberto Marinho", Ed Tchê, 1987), que começou a caça a Neuzinha Brizola pelas vielas e incitou ao máximo a paranóica festa de arrastões pela cidade. Ahhh essa Globo(sta) sempre ditando moda.
A partir daí iniciou-se a campanha de destruição dessa camada social, estereotipando, marginalizando, sufocando direitos básicos e animalizando (existe isso?) as gerações às quais foram negados os CIEPs, a saúde, o esgoto, a casa, a paz... Geração esta representada hoje pelos "traficantes" em guerra contra o Rio de Janeiro.
Culpa desses dois teimosos!
Culpa do Brizola>
p.s.: sem contar que o PDT gerou César Maia e Garotinho, entre outros tapurus da goiaba podre brasileira.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De cabeça pra baixo


Discursos falhos e posturas vendidas.
O mínimo percentual de escroques do mundo com o seu mundinho e destino nas mãos.
E a gritaria de quem quer fazer algum barulho liberada até o limite em que o aparato oficial de dar porrada, mais conhecido como polícia, acha que está bom.
Passei um fim de semana na praia, daquelas desertas, paradisíacas, mas choveu todos os dias. E tínhamos na casa jogos de tabuleiro. Fiquei pensando na eterna brincadeira dos poderosos com nossas vidas, aquele burburinho de WAR com Banco Imobiliário, e tive a certeza de que nos é permitido viver, dentro do limite da utilidade (e a alguns, o limite da inutilidade prática - afinal as pessoas têm que se preocupar com algo da vida, né? Nem que seja couro de animal, ou de gente...).
Uma constatação que me assustou foi a de que o Brasil é a "bola da vez" no tabuleiro da putaria financeira.
E aí, em qual fazenda do Facebook da vida você é cultivado?
"...saibam que ainda estão rolando os dados..."
E você, tem dado em casa?
666

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

formspring.me

Ask me anything http://formspring.me/mapinguary

Porque ?!?!?!

pelo simples fato do universo ser gerido por leis de astrofísica e meu corpo subdividido em partículas subatômicas que eu NÃO CONTROLO!

Ask me anything

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O dia

28/01/04

Alguns dias para o dia...
Vai subir e descer o sol
E a lua passeando sobre nossos sonhos embalados nos laços de corpos cansados,
Amados,
Suados,
Cheirados,
E apertados.
E, quando esse dia chegar,
E o vazio dos meus abraços
Me afagar,
Sua ausência em minhas noites
Será a navalha cortante
Do meu sono perfumado
Pelas costas nuas
Pela boca crua...

MASA

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Política, preconceito e religião vitaminam intolerância

Não se pode dizer, ainda, que as agressões da Paulista que vitimaram gays, tiveram motivação homofóbica. Infelizmente não seria nenhuma novidade.
Faz tempo temos convivido com extremismos discriminatórios, que vez por outra transbordam para o noticiário policial. Nordestinos, mendigos, índios e homossexuais estão entre as vítimas preferenciais de operações de limpeza étnica ou expressões de pura arrogância.
Mas mesmo entre aqueles que não agridem, é de se notar que a intolerância e a discriminação têm alcançado índices alarmantes. Que o digam as violentas manifestações no twitter, culpando nordestinos pelo resultado da eleição.
Por pouco, a coisa não piora.
Recentemente soubemos que no começo de agosto grupos neonazistas preparavam manifestação em homenagem a Rudolf Hess, condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, dos quais, aliás, morreu dizendo jamais se arrepender.
Denúncia de anarquistas ao Ministério Público paulista desarticulou a passeata que até então vinha sendo preparada em grupos de discussão na Internet, defensores do "orgulho branco".
Os neonazistas chamam Hess de "mensageiro da paz", mas as mensagens que eles mesmos produziam, entre louvações a Hitler e ao poder branco, estavam repletas de afirmações discriminatórias a "anarcos, judeus, pretos e comunistas".
As comunidades afirmam: "somos brancos nacionalistas; há milhares de organizações promovendo os interesses, valores e heranças dos não-brancos. Nós promovemos os nossos".
Lembrar o nazismo parece um absurdo de alucinados saudosistas da barbárie.
Mas o tom do recente manifesto "São Paulo para os Paulistas" não destoa muito destas palavras de reverência ao "orgulho branco".
Trocados migrantes por judeus e paulistas por arianos, a idéia de "defender o que é verdadeiramente nosso", tipicamente paulista, sem mistura, não está longe daquela que alavancou o nazismo, tenham eles consciência ou não disso.
O documento que circulou pela web se afirmou anti-racista e contra o preconceito. Mas está fincado, basicamente, na idéia de "soberania do paulista em sua terra".
Os migrantes, sobretudo nordestinos, são acusados de promover bagunças, invasões de propriedade e ocupar empregos dos paulistas, com a mesma contundência que se vê nos grupos xenófobos europeus em relação a árabes e africanos.
"A grande maioria dos crimes, violências e fraudes, está relacionada a migrantes", sustenta o abaixo-assinado, sendo estes, ainda, os que "mais se apoderam dos serviços públicos".
A campanha, para além de glorificar o "orgulho paulista", propõe absurdas limitações no uso de serviços estatais e acesso a cargos públicos, a serem restritos aos da terra. A migração deveria ser revertida, apregoam, lembrando que "os migrantes possuem altíssima taxa de natalidade e ocupam espaços que pertencem ao povo paulista"; ademais, "promovem arruaças em transportes públicos, saciam a fome e impõem seus costumes aos bandeirantes".
A xenofobia não é nada nova, mas foi recentemente vitaminada por uma campanha eleitoral repleta de desinformação e despolitização.
Durante a eleição presidencial, muitos foram os analistas que atribuíam uma possível vitória de Dilma a seu desempenho no Nordeste. Ouvimos ad nauseam tais comentários, insinuando um país eleitoralmente dividido, além do preconceito enrustido sob a crítica da eleição ganha por intermédio de favores aos mais pobres.
Os números foram severos com esses argumentos, pois Dilma venceu expressivamente no Sudeste e teria sido eleita mesmo sem os votos do Norte e Nordeste. Mas a impressão de um país rachado entre cultos e incultos, Sul e Norte, já havia conquistado muitos corações e mentes na elite paulista.
Afinal, como dizia Sartre, o inferno são os outros. São eles que responsabilizamos por nossos fracassos, porque é custoso demais atribuir os erros a nós mesmos.
A tática do vale-tudo e a adesão desesperada à estratégia típica dos ultraconservadores norte-americanos, de trazer a religião para os palanques, ou levar a política para os cultos, estimulou ainda uma nova rodada de preconceitos.
Não bastasse a questão do aborto ter sido tratada como ponto central da disputa, religiosos exigiam dos candidatos rejeição ao casamento gay e a não-criminalização da homofobia, instrumentos que apenas aprofundam a discriminação pela orientação sexual.
Os níveis diferenciados de crescimento das regiões mais pobres, a ascensão social provocada pelos mecanismos de transferência de renda, a ampliação da classe média e a redução da sensação de exclusividade são, paradoxalmente, condimentos para a evolução da intolerância.
Tradicionalmente os momentos de mobilidade social são tão sensíveis quanto aqueles de depressão.
Que saibamos evitar no crescimento a intolerância de que sempre soubemos desviar nos momentos de crise.

TEXTO ENVIADO A MIM POR EMAIL POR CAE PILHA HENRY