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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escuridão.


21/10/2011
Quando tem mais pessoas nas igrejas que nas escolas, é porque tem alguma coisa muito errada na condução pública da coisa.
O domínio político e social histórico massificou (a ferro e fogo) a idéia de supremacia da fé cega (e da faca, bem amolada). Contando com os bilhões de anos do planeta, a audácia do calendário cristão beira a zombaria, o escárnio. E o medo, aliado à manutenção da ignorância e reducionismo da maioria das pessoas a um saco de inutilidades, perpetua a pressão para que a imobilização social seja regra, não exceção.
Em Montreal, Canadá, apesar da forte influência cristã, tirando-se os nomes de santos nas ruas, a grande maioria das igrejas encontram-se abandonadas, e sevem de referência negativa à cidade, pelo elevado nível de consciência dos cidadãos a respeito das atitudes e posturas oficiais dos líderes religiosos. Na Holanda praticamente não há templos regulares em funcionamento...
A função educacional do Estado é mascarada e pulverizada em uma grande manobra de descrédito, péssima formação dos professores (algumas disciplinas nem formam mais docentes para a rede – vide vestibulares para licenciatura em geografia e história, por exemplo), montagem de uma grande e cara equipe burocrática e dependente, que se caracteriza pela defesa do modelo, escolas precárias, alunos desmotivados e subestimados.
Pela simples razão de que a informação causa desconforto, o conhecimento leva ao questionamento, a formação à atitude. Cultura cospe na estrutura (Marcelo Nova e Raul Seixas sibilaram bem essa loa...) e chuta a bunda dos bundões.
A diminuição de espaço e aumento da informação livre causa constrangimento em algumas situações, mas a atual posição nacional de “prosperidade” causa mais um disfarce, um desequilíbrio: a sensação de sucesso econômico que, na verdade, é um simples aumento de capacidade de endividamento pessoal, e a grande febre mundial do consumo, causa mortis da dignidade humana, aplaca a vontade, ameniza a aventura, mata a verdade. E então o povo senta. E curte a burrice sem senti-la, abraça a idiotização criticando os que se assustam e gritam.
QUEM EDUCA AMA. Não tem frase melhor para definir meu desespero...

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